By Eng LeonardoEm 1991 ocorreu um fato que mudou a minha rotina e ocupa um lugar de honra e destaque na minha memória até hoje. Que fato foi esse? Nada mais nada menos do que o lançamento do jogo
Street Fighter II: The World Warrior.
Acredito que o fanatismo pelos chamados “fliperamas” não é uma característica marcante dos brasileiros hoje e tão pouco era na minha infância, porém,
Street Fighter II conseguiu quase uma mudança cultural nessa época e levava a molecada em massa (e eu no meio) às casas de fliperama.
Assim como o
Street Fighetr IV, o
II também foi lançado inicialmente só nos fliperamas, mas graças a Deus, devido ao “tera” sucesso do jogo, foi produzido uma versão doméstica para o console da
Nintendo. E que felicidade a minha em ter um
Super Nintendo naquela época, não?! Mas como diz o ditado, felicidade de pobre dura pouco e passado o entusiasmo da notícia eu me lembrei que morava no Brasil e é claro que esse jogo não seria vendido oficialmente por essas bandas...
“Mas como você é burro hein Leonardo! Bastava procurar no Mercado Livre, no eBay ou pedir para alguém trazer dos EUA”.
As palavras “eBay”, “Mercado Livre” ou mesmo “internet” ainda não faziam nem sombra no nosso horizonte daquela época, as pessoas não faziam viagens internacionais com tanta freqüência e as que faziam, não tinham muito diálogo com o até então “não-eng Leozinho” de 12 anos. Ou seja, minha felicidade transformou-se em desespero e eu precisava de qualquer modo e a qualquer custo conseguir um cartucho do
Street Figther II para o meu
Super Nintendo.
Para resumir a história, depois de muitos e muitos contatos, consegui alguém que trouxesse o cartucho dos EUA pra mim pela bagatela de USS 100 (cem dólares), dinheiro que valia um rim de um garoto de 12 anos em 1991. Quase sem dormir por alguns dias aguardando o meu tão sonhado
Street Fighter II, eis que chega às minhas mãos o “agente” que deu luz a minha insônia.
A emoção foi tão grande, que nem reparei na tosquice da capa desse jogo, com o Ryu de munheca quebrada, a Chun-Li com nariz e olheiras de iraquiano pós-guerra (sem ofensas) e o Blanka, dado a perspectiva, com mais de 3 metros de altura.
Esquecendo a parte artística da capa do jogo, o resultado dessa odisséia foi que eu tinha em mãos o que até então tínhamos notícia de ser a primeira versão doméstica de
Street Fighter II em minha cidade. É óbvio que como resultado desse fato, filas de moleques se formavam em frente a minha casa a aglomerações de dar inveja às maiores assembléias romanas aconteciam em frente à TV do meu quarto. Ainda bem que eu tive tempo para jogar e treinar antes da notícia do meu SFII se espelhar e como naquela época nós só jogávamos no sistema “ganhou ficou”, eu acabava jogando
Street Fighter II da hora em que eu chegava da escola (sempre com amigos vindo junto, é claro) até o finalzinho da noite. E como resultado desse árduo treino, não havia um só ser vivo em Guarulhos capaz de me derrotar no comando de Ken ou Ryu nessa versão doméstica de Street Fighter II. Huahahahahahaha (risada maligna).
E é por isso e por mais um pouco que estou contando os dias para o lançamento de
Street Fighter IV, mesmo 2009 sendo um ano tão promissor com jogos de altíssima qualidade como
God of War III,
Resident Evil 5,
Gran Turismo 5 etc.
E para os que têm um espaço especial reservado em seu coração destinado a esse grande jogo de luta, segue abaixo uma seleção de papéis de parede do novíssimo
Street Fighter IV. Espero que isso ajude um pouco na angústia da espera.
P.S.(1) Basta clicar em qualquer imagem para ampliar, depois clique com o botão direito do mouse na imagem ampliada e clique em “salvar imagem como” ou “save picture as” para salvar os wallpapers no seu computador.
P.S.(2) Eu não sei qual vocês irão escolher, mas a tela do meu computador já está ilustrada com as inigualáveis coxas de Chun-Li.