By Eng Leonardo
Na época áurea do CJBr no Call of Duty: World at War do XBox 360, alguns amigos meus e eu estávamos realmente jogando demais esse título. Todos nós estávamos no último level do 10º prestígio, o que quer dizer que todos nós tínhamos evoluído 11 vezes até o level 65.
Um dia desses de jogatina aconteceu o seguinte diálogo dentro da sala de jogo:
Player 1: Hoje eu sonhei que eu estava na guerra, jogando dentro do Call of Duty!
Player 2: Eu também já sonhei isso!
Player 3: Nossa. Eu já sonhei isso várias vezes!
Player 4: Eu também!
Player 5: Acho que estamos jogando demais, porque eu também já sonhei que estava dentro do CoD e não foi uma vez só não!
A partir deste momento começamos a comentar como deveria ser a mente de uma pessoa que passa por uma guerra e como é engraçado (ou trágico) acontecer isso com a gente, mesmo com todo mundo tendo a clara consciência de que Call of Duty é somente um jogo. Um jogo que o clã está mais do que acostumado a jogar e que em nenhum momento nos impressiona ou causa surpresa pela violência.
Mas onde eu quero chegar com isso?
Nesse fim de semana tive a oportunidade de assistir Gamer em HD. O filme conta a história de pessoas condenadas à morte ou apenas sem dinheiro, que em troca desse dinheiro ou de sua liberdade submetem-se a uma espécie de implante cerebral que permite que outras pessoas, mediante ao pagamento de uma taxa ou mensalidade, possam controlá-las dentro de um “mundo” construído para ser o palco do jogo.
O filme mostra basicamente dois tipos de jogos. Um que é uma espécie de Second Life e outro que se não é Call of Duty é o irmão gêmeo ou quem sabe o tataraneto dele. Achei extremamente impressionante como me senti dentro de Call of Duty enquanto assistia ao filme. A movimentação, armas, estratégias entre outras coisas, me levaram direto para dentro do clã CJBr no CoD! Com a diferença de que as imagens reais com pessoais reais sendo mortas me impressionaram bastante.
Foi aí que fiquei pensando. O mundos dos vídeo games tende a chegar nesse grau de evolução. Talvez não onde controlaremos o cérebro de pessoas reais com nossas mentes, mas onde veremos imagens de pessoas reais em alta definição na nossa tela de TV ou quem sabe em um projetor tridimensional. Lembrem-se que já vimos pessoas reais dentro de um vídeo game a 17 anos no jogo Mortal Kombat. É claro que a baixa definição não nos causava tanta má impressão, mas mesmo assim a ESRB, organização que analisa, decide e coloca as classificações etárias indicativas nos jogos, foi criada por causa de Mortal Kombat.
Agora eu pergunto: quando os vídeo games tiveram finalmente a capacidade de reproduzir fielmente a realidade, que impacto isso trará às nossas mentes e à nossa sociedade? Você consegue imaginar isso?